Dia do Poeta - Dia Mundial do Poeta - por Ivo Gomes de Oliveira

 


DIA DO POETA
DIA MUNDIAL DO POETA

Hoje, 20 de outubro, sinto-me leve e solto para discorrer sobre este dia especial: Dia Mundial do Poeta.
Inicialmente é bom ressaltar que esta é uma data polêmica. Alguns consideram o dia 4 de outubro como sendo o dia oficial. Mas como a tais datas comemorativas, muitas delas de interesse comercial, vêm surgindo às pampas nos calendários municipais, estaduais, federal e até universal, nada há de novo em que cada indivíduo ou grupo adote aquela que melhor lhe convier. Da minha parte, considero como a data do poeta às vinte e quatro horas do dia-a-dia, porque, no meu rústico entendimento, poeta é um ser que vive a trabalhar a sua matéria prima incessantemente, com preocupação obsessiva de colocar esse legado à disposição dos seres mais sensíveis, únicos que conseguem compreender as suas geniais idéias. Até no descanso da sesta ou no período do sono noturno a sua mente permanece trabalhando e recolhendo no sonho impressões para desenvolvimento da sua obra: O POEMA.
O poeta utiliza a linguagem com fins estéticos.
A sua obra, o poema feito com arte, constitui a essência do trabalho artesanal: A POESIA.
Sabe-se que a poesia nasceu na Grécia. Ilíada e Odisséia foram os primeiros poemas que se tem conhecimento e Homero, autor dos poemas narrativos, é o primeiro e principal poeta de que se têm notícias.
Inumeráveis são os poetas conhecidos nos dias de hoje sendo impossível relacioná-los, pela quantidade, neste modesto texto, apenas registro uma singela homenagem a alguns dos quais com seus poemas e textos povoaram minha mente quando ainda menino.
Casimiro de Abreu (1839-1860) – o mais ingênuo e simples dos poetas românticos brasileiros era recitado quase que diariamente pelo meu avô José Gonçalves. Aos seis anos de idade eu já sabia decorado o poema “Meus oito anos” de tanto ouvi-lo declamar;
Jayme Caetano Braum (1924/1999) – foi alambrador, tropeiro e curandeiro. Um artista da região missioneira do Rio Grande do Sul que fez desse território o seu mundo. Costumava dizer que não era um poeta, apenas um payador. Quando alguém menos avisado classificava-o como poeta regional era repelido com a seguinte resposta: - Então o Dante Alighieri também é poeta regional, pois escreveu sobre uma região - o céu, inferno e paraíso. O poeta Jayme Caetano Braum, nativista, reverenciava o pampa e a cultura gauchesca. Meu pai, Manoel Francisco, costumava declamar seus poemas nos galpões e centro de tradições gaúchas, onde me levava com freqüência para assisti-lo.
Já na escola primária abri meu coração e me deixei influenciar pela leitura dos poemas de Cassiano Ricardo, Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Castro Alves e Manuel Bandeira.
No curso ginasial conheci e bebi dos poemas de Homero, Vírgilio e Dante Alighieri.
Nominando esses poucos que fizeram parte da minha iniciação na sublime arte, estendo aos poetas do mundo e os que partilham comigo os espaços da livre poesia, a homenagem por todos merecida.
Poeta, poema e poesia... (Uni-verso em harmonia)

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🖋 Ivo Gomes de Oliveira - Membro AIL
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